sábado, 13 de julho de 2019

MARCOS 9

MARCOS 9

Se os discípulos de fato perceberam a importância dessas palavras, elas devem ter chegado a eles como um grande golpe. Por isso, o Senhor, em Sua terna consideração por eles, passou a dar-lhes uma certeza muito ampla quanto à realidade da glória que está por vir. Eles tinham esperado que o reino de Deus viesse com poder e glória no período de suas vidas, e sendo dissipada essa ilusão, eles poderiam facilmente concluir que isso não aconteceria de forma alguma. Daí os três discípulos, que pareciam ser líderes entre eles, foram levados para o alto monte para que pudessem ser testemunhas de Sua transfiguração. Lá eles viram o reino de Deus vir com poder – não em sua plenitude, mas em forma de amostra. Eles receberam uma visão particular dele antecipadamente.
No primeiro capítulo de sua segunda Epístola, Pedro nos mostra o efeito que essa maravilhosa cena teve sobre si. Ele era uma testemunha ocular da majestade de Cristo, e assim sabia que Seu poder e a promessa de Sua vinda não eram uma fábula engenhosamente inventada (ARA), mas um fato glorioso, e assim a palavra profética foi tornada “mais segura” (TB), ou “mais confirmada” (ARA). Ele sabia, e podemos saber, que nem um jota[1] ou um til[2], do que foi predito a respeito da glória do reino vindouro de Cristo, falhará.
A cena da transfiguração em si mesma era uma profecia. Cristo é para ser o resplandecente centro da glória do reino, como foi no topo do monte. Os santos estarão com Ele em condições celestiais, assim como Moisés e Elias estiveram: alguns deles sepultados e chamados por Deus, como Moisés; alguns arrebatados para o céu sem morrer, como Elias. No reino também haverá santos na Terra abaixo, desfrutando de bem-aventurança terrena à luz da glória celestial, assim como os três discípulos estavam conscientes da bem-aventurança durante a breve visão. Aconteceu “seis dias depois”, e apenas seis estavam presentes, então tudo estava em uma escala pequena e incompleta; ainda assim, o essencial estava lá.
Pedro, pronto para falar como sempre, deixou escapar o que pretendia ser um elogio, mas que na realidade era totalmente contrário. A cena da glória não poderia então ser prolongada sobre a Terra, nem poderia o Cristo – nem mesmo Moisés e Elias – ser confinado aos tabernáculos terrenos. Mas mais grave do que esse erro foi o pensamento de que Jesus era apenas o principal entre os maiores homens. Ele não é o principal entre os grandes, mas “o Amado Filho” do Pai, perfeitamente único, incomensuravelmente além de qualquer comparação. Nenhum outro pode ser mencionado no mesmo fôlego com ele. Ele fica sozinho. Isso voz do Pai declarou, acrescentando que Ele é aqu’Ele que deve ser ouvido.
A voz do Pai foi ouvida muito raramente pelos homens. Ele falou no batismo de Cristo e agora novamente em Sua transfiguração, desta vez acrescentando: “a Ele ouvi”. Desde então Sua voz nunca mais foi ouvida pelos homens de maneira audível. O Filho é o porta-voz da Divindade, e é a Ele que temos de ouvir. Deus uma vez falou por meio dos profetas, Moisés e Elias: Ele agora falou na Pessoa de Seu amado Filho. Isso exclui Pedro, assim como Moisés e Elias, o que é significativo quando nos lembramos do que o sistema romano faz de Pedro e de sua suposta autoridade. Neste incidente, Pedro mostrou novamente que ainda era como o homem cujos olhos estavam fora de foco, de modo que ele via homens andando como árvores.
Tão logo a voz do Pai exaltou Seu amado Filho, toda a visão se foi, e somente Jesus ficou com os três discípulos. Os santos desaparecem, mas Jesus permanece. As palavras “ninguém mais viram, senão só Jesus” são muito significativas. Se algum de nós se aproximar disso em nossa experiência espiritual, não seremos mais como um homem que vê os homens como árvores que andam, mas seremos como o homem após o segundo toque, vendo todas as coisas claramente. Jesus vai preencher a cena no que nos diz respeito, e o homem será eclipsado.
Tudo isso foi dado a conhecer aos discípulos, como mostra o versículo 9, em vista do tempo em que Sua morte e ressurreição deveriam ser cumpridas. Só então eles realmente entenderiam tudo, iluminados pelo Espírito Santo, e seriam capazes de usá-lo efetivamente no testemunho. Naquele momento, eles nem sequer entenderam o que ressuscitar de entre os mortos realmente significava, como mostra o versículo seguinte. A ressurreição dos mortos não os teria intrigado de alguma maneira especial: era esse “do meio dos” ou “de entre os” mortos – que aconteceu primeiro com Cristo – que levantava tais questões. A primeira ressurreição dos santos, a ressurreição da vida, é da mesma ordem. Não existem muitos, nomeando-se Cristãos, que estão cheios de perguntas a respeito disso hoje?
A pergunta dos discípulos quanto a Elias e sua vinda predita foi naturalmente levantada em suas mentes pela cena da transfiguração. O Senhor usou isso novamente para direcionar seus pensamentos para a Sua morte. Em relação a este primeiro advento, a parte de Elias havia sido desempenhada por João Batista; e seu homicídio era um presságio do que aconteceria com aqu’Ele Maior, de Quem ele foi o precursor.
A cena no alto monte logo chegou ao fim, mas não as cenas do pecado humano, miséria e sofrimento que enchiam as planícies abaixo. Das alturas às profundezas, eles tinham que vir, para encontrar o resto dos discípulos derrotados e ansiosos na ausência de seu Mestre. Ao aparecer, imediatamente as multidões ficaram surpresas, e todos os olhares se voltaram dos distraídos discípulos para o calmo e todo-suficiente Mestre. Um momento antes, os escribas estiveram interpelando os discípulos, agora Ele questiona os escribas, convida o pai perturbado à confiança e manifesta Sua suficiência.
Feliz é o santo que é capaz de trazer algo da graça e poder de Cristo para este mundo conturbado! Mas, mesmo assim, teremos que esperar por Sua vinda e reino para ver plenamente realizado o que esta cena antecipa. Só então Ele transformará o mundo todo, e a derrota e inquietação do Seu povo tentado e distraído se tornará na calma de Sua presença e em uma completa e manifestada vitória.
Houve uma manifestação singular da glória de Deus na cena pacífica no topo do monte, enquanto no seu sopé o poder tenebroso de Satanás havia sido exibido, com toda a distração que ele traz. O menino possesso de demônio, o pai decepcionado e perturbado, os discípulos derrotados e abatidos, os escribas dispostos a tirar proveito do incidente. O Senhor entra no meio e tudo muda.
Em primeiro lugar, Ele coloca o Seu dedo sobre o ponto onde estava a raiz do fracasso. Eles eram uma geração incrédula. A raiz era incredulidade Isso se aplicava a Seus discípulos, assim como ao resto. Se a fé deles tivesse se apoderado plenamente de Quem Ele era, eles não teriam ficado mais perplexos com essa prova do que quando confrontados com a questão de alimentar as multidões. Eles ainda eram como o homem do capítulo 8, antes de ele vir todas as coisas claramente.
Mas agora o próprio Mestre está no meio, e a palavra é: “Trazei-Mo”. No entanto, o primeiro resultado do menino ser trazido foi decepcionante, pois o demônio o lançou numa condição terrível. No entanto, isso foi feito para servir ao propósito do Senhor, pois, por um lado, tornava mais manifesta a situação terrível do menino no próprio momento anterior ao que foi libertado e, por outro, serviu para revelar os sentimentos e pensamentos do pai angustiado. Seu clamor: “Se Tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos”, revelou sua falta de fé quanto ao Seu poder, enquanto ele não estava muito certo de Sua bondade.
A resposta de Jesus foi: “O ‘se Tu podes’ é [se Tu podes] acreditar” (JND). Isto é, Ele disse de fato: “Não há ‘se’ da Minha parte, o único ‘se’ que entra nesta questão é da sua parte. Não é ‘se Eu posso fazer alguma coisa’, mas ‘se você pode acreditar’. Isso colocou a coisa toda na verdadeira luz, e num piscar de olhos, o homem a viu. Vendo isso, ele creu, enquanto confessava sua velha incredulidade.
Tendo evocado a fé no homem, o Senhor agiu. O objeto diante d’Ele não era criar uma sensação entre o povo; Se fosse, Ele teria esperado a multidão se reunir. Seu objetivo era evidentemente confirmar a fé do pai e de qualquer outro que tivesse olhos para ver. O demônio tinha que obedecer, embora ele tenha feito o pior antes de abandonar sua vítima. Esta disputa de poder demoníaco, afinal, apenas deu uma oportunidade para uma demonstração mais completa do poder divino. Não só o menino foi completamente libertado, mas também foi libertado para sempre, pois ao demônio foi ordenado a não mais entrar nele.
Tendo assim manifestado o poder e bondade de Deus, o perfeito Servo não cortejou popularidade entre as multidões, mas retirou-Se para uma determinada casa. Lá, Seus discípulos, em quietude, O indagaram sobre o motivo de seu fracasso e obtiveram Sua resposta. Para sempre deveríamos estar fazendo essa pergunta, pois nos vemos fracos na presença do inimigo; e, ao fazê-lo, sem dúvida receberemos exatamente a resposta que receberam, conforme registrado no versículo 29. O Senhor já havia declarado como a incredulidade estava na raiz da impotência deles: agora Ele especifica duas outras coisas. Não só a fé é necessária, mas também a oração e o jejum.
A fé indica um espírito de confiança em Deus: oração indica dependência de Deus: jejum indica separação para Deus, na forma de abstinência de coisas lícitas. Estas são as coisas que levam ao poder no serviço a Deus. Seus opostos – incredulidade, confiança própria, indulgência própria – são as coisas que levam à fraqueza e ao fracasso. Estas palavras do nosso Senhor se dirigem como um holofote sobre os nossos muitos fracassos em servi-Lo. Vamos considerar nossos caminhos à luz delas.
Nos versículos 30 e 31, novamente vemos o Senhor Se retirando do público e instruindo Seus discípulos quanto à Sua morte e ressurreição que se aproximavam. Vimos isso nos versículos 30 e 31 do capítulo anterior.
Isso era o próximo grande evento no programa Divino, e Ele agora começou a estabelecê-lo firmemente diante das mentes de Seus discípulos, embora no momento, eles não conseguissem entender o pensamento. Suas mentes ainda estavam cheias de expectativas da vinda de um reino visível, então eles foram incapazes de acolher qualquer ideia que fosse contrária a isso.
A ideia de que o reino de Cristo se manifestaria imediatamente atraía a eles, pois esperavam ter uma grande posição de honra nele. Eles conceberam isso de uma maneira carnal e despertaram desejos carnais em seus corações. Por isso, na viagem a Cafarnaum, começaram a discutir quem seria o maior deles. A pergunta do Senhor foi suficiente para convencê-los de sua loucura, como foi evidenciado por seu silêncio desconcertado; todavia Ele sabia tudo, pois procedeu a respondê-la, embora não fizessem nenhuma confissão.
Sua resposta parece ser dupla. Primeiro, o único caminho que leva à verdadeira grandeza é aquele que vai para baixo, como servo de todos. Sendo assim, podemos ver como o Senhor Jesus é proeminente, mesmo à parte de Sua Deidade. Na Humanidade Ele tomou o lugar mais baixo, e Se tornou Servo de todos de um modo que está infinitamente além do serviço de todos os outros. Aquele mais parecido com Ele provavelmente será o primeiro.
Em segundo lugar, Ele mostrou que a personalidade do servo é de pouca importância: o que conta é o Nome no qual ele se apresenta. Temos aquela maravilhosa e tocante cena em que Ele primeiramente colocou uma criança pequena no meio deles, e então a tomou em Seus braços, a fim de reforçar o Seu ponto. Aquela criança era um insignificante fragmento da humanidade, mas receber um deles em Seu Nome era receber o próprio Senhor e também o Pai que O enviou. A recepção de mil em qualquer outro nome ou em qualquer outro fundamento significaria pouco. O fato é que o próprio Mestre é tão supremamente grande que a posição relativa de Seus pequenos servos não vale a pena discutir.
Esse ensinamento parece ter surgido como um esclarecimento para João, que sentiu sua consciência incomodá-lo quanto a sua atitude em relação a um homem zeloso que agia em Seu Nome, embora não seguisse os doze. Por que ele não seguiu, não nos é dito; mas devemos lembrar de que não era permitido a ninguém se ligar aos doze como bem escolhessem: a escolha do próprio Senhor decidiu esse assunto. O que quer que fosse, a resposta do Senhor colocou novamente toda a ênfase no valor de Seu Nome. Agindo em Seu Nome, o homem era claramente por Cristo e não contra Ele.
De fato, esse indivíduo não oficializado estava fazendo exatamente aquilo em que os discípulos tinham acabado de falhar – ele havia expulsado um demônio. Função é uma coisa: poder é bem diferente. Essas coisas devem andar juntas, na medida em que o ofício é instituído no Cristianismo. Mas com muita frequência isso não andou assim. E nestes últimos dias, quando funções são instituídas sem qualquer base escritural, mais e mais vezes vemos pessoas simples sendo encarregadas de desempenhar aquilo que não têm poder para fazer. O poder está no Nome e não na função.
Versículo 41 mostra que a mínima dádiva em Nome e pela causa de Cristo, é de valor aos olhos de Deus e encontrará uma recompensa em Suas mãos. O versículo 42 nos dá o oposto disso: ser um tropeço para o mais fraco dos que são de Cristo é ser merecedor e obter julgamento severo. A perda da vida neste mundo é uma coisa pequena comparada com sua perda no mundo por vir.
Isso leva à passagem muito solene com a qual este capítulo se encerra. Alguns de Seus ouvintes poderiam ter considerado a palavra do Senhor sobre a pedra de moinho ao pescoço um pouco extrema. Ele acrescenta palavras ainda mais fortes, que têm o fogo do inferno em vista. Seus pensamentos neste ponto evidentemente se estenderam além de Seus discípulos, para os homens em geral, e Ele mostra que qualquer perda neste mundo é muito pequena comparada com a perda de tudo, que é a vida no mundo vindouro, e ser lançado no fogo da Geena[3]. Mãos, pés e olhos são membros muito valiosos de nossos corpos, e não serão naturalmente enjeitados; mas a vida na era vindoura está além de todo o preço, e o fogo do inferno, uma terrível realidade.
O Vale de Hinom[4], o depósito de lixo fora de Jerusalém, onde o fogo sempre queimava e os gusanos[5] continuamente faziam seu trabalho, era conhecido como Geena; e essa palavra nos lábios do Senhor tornou-se uma figura terrivelmente apropriada da morada dos perdidos. Em verdade, o inferno será o grande monte de refugo da eternidade, onde tudo o que é incorrigivelmente mau será segregado do bem e permanecerá para sempre sob o julgamento de Deus. Este fato terrível chega a nós pelos lábios daqu’Ele que amava os homens pecadores e chorou por eles.
A primeira declaração do versículo 49 surgiu do que o Senhor acabara de dizer. O fogo investiga e consome e desinfeta. O sal não só tempera, mas preserva. O fogo simboliza o julgamento de Deus, que todos devem enfrentar de uma maneira ou de outra. O crente deve enfrentá-lo da maneira indicada por 1 Coríntios 3:13, e por ele será “salgado”, pois significará a preservação de tudo o que é bom. O ímpio será submetido a isto também, e ele as salgará; ou seja, eles serão preservados em fogo não destruído por ele.
A última parte do versículo é uma alusão a Levítico 2:13. O sal foi descrito como um símbolo do “poder da santa graça, que liga a alma a Deus e interiormente a preserva do mal”. Não podemos apresentar os nossos corpos como um sacrifício vivo a Deus se essa graça santa estiver ausente. É realmente boa, e nada compensaria sua ausência. Devemos ter em nós mesmos essa santa graça que nos julgaria e separaria de tudo o que é mal. Se cada um estiver preocupado em ter sal em si mesmo, não haverá dificuldade em ter paz entre nós.



[1] N. do T.: “Jota” – Refere-se à letra hebraica “י” (yod), a menor no alfabeto hebreu (Mt 5:18). A palavra usada é “jota”, que é a palavra grega equivalente para a mesma letra. “Concise Bible Dictionary”, pág. 454.

[2] N. do T.: “Til” – Suposto com se referindo ao menor sinal no alfabeto hebreu que serve para distinguir uma letra de outra, como “ב” diferencia-se de “כ.” – O menor ponto da lei deve ser cumprido. Mateus 5:18; Lucas 16:17. “Concise Bible Dictionary”, pág. 776.
[3] N. do T.: γέεννα – Geena é o equivalente grego para duas palavras hebraicas, significando “vale de Hinom”. Era o lugar perto de Jerusalém, onde os judeus faziam seus filhos passarem pelo fogo como sacrifício a deuses pagãos, e que depois foi profanado (2 Re 23:10). Um fogo contínuo tornou-o um símbolo adequado do lugar do castigo eterno (Mt 5:22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Mc 9:43, 45, 47; Lc 12:5; Tg 3:6). No Velho Testamento, o local acima mencionado de contaminação e fogo também é chamado de Tofete (2 Re 23:10; Is 30:33; Jr 7:31-32, 19:13) “Concise Bible Dictionary”, pág. 307.

[4] N. do T.: Isto é frequentemente chamado de “o vale do filho de Hinom”, mas não se sabe quem eram Hinom e seu filho (Js 15:8, 18:16; Ne 11:30). O vale que se estende de leste a oeste, ao sul de Jerusalém, leva agora esse nome. Supostamente no seu extremo leste, as crianças eram passadas pelo fogo em sacrifício a falsos deuses (Jr 7:31, 32, 32:35). Para evitar isso, Josias profanou a Tofete que estava neste vale (2 Re 23:10; 2 Cr 28:3, 33:6). O profeta Isaías dá a explicação de ele ser associado no Novo Testamento (sob o nome de Geena) com o castigo eterno: “Porque uma Tofete (fogueira – ARA) está preparada desde ontem; sim, está preparada para o rei; ele a fez profunda e larga; a sua pilha é fogo, e tem muita lenha; o assopro do Senhor como torrente de enxofre a acenderá” (Is 30:33). Nos juízos de Deus, o vale se tornará o “Vale da Matança” (Jr 19: 2-14). “Concise Bible Dictionary”, pág. 365.

[5] N. do T.: Em Jó 25:6 o homem é comparado a um “verme” – literalmente um gusano (ARA – um verme onde há matéria orgânica em decomposição) – uma apta figura para descrever a corrupção moral. “Concise Bible Dictionary”, pág. 845

Nenhum comentário:

Postar um comentário